Fotógrafo de vela faz respirador barato e em código aberto

Leia a matéria do colega Antônio Alonso (Sobre as Águas) e da Folha de São Paulo.
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O velejador e fotógrafo Marcos Méndez, figura carimbada nos eventos de oceano no País, inclusive na Semana de Vela de Ilhabela, desenvolveu um respirador pulmonar barato e com peças fáceis de encontrar no mercado.

A história foi divulgada pela Folha de São Paulo — https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/05/brasileiro-cria-ventilador-pulmonar-usando-pneu-e-limpador-de-parabrisa.shtml e corre solta nas comunidades da vela, onde o Marcos Méndez transita.

Segundo ele, o principal objetivo do respirador é ajudar na crise do COVID-19 .

Por isso, os makers da PopSolutions buscam soluções mais fáceis, como motor de limpa-parabrisa 12V DC um jogo de reles, chaves e diodos encontrados em carros, além de uma fonte de computador.

A peças foram encontradas, como diz o texto da Folha, em lojas como Leroy Merlin, lojas de ferragem, mecânicas, e o mínimo possível de partes em impressora 3D. Nenhuma peça do projeto foi importada.

O sistema é de código aberto e está há dois meses em atividade. ”Muitos locais pobres estão nos procurando. Gente do mundo todo querem saber mais do respirador. Agora é pedir autorização dos comitês de ética pra testar em humano. Mas a ANVISA não está preparada para aprovar as obrigações, pois o sistema está errado”.

O OpenVentilator, como foi batizado o equipamento da cooperativa PopSolutions, já passou por simuladores e agora tenta conseguir marcar um teste com animais.

O custo de um respirador tradicional e importado chega a quase R$ 100 mil sendo que as válvulas mais baratas custam de R$ 2 mil a R$ 3 mil.

”Quem arruma equipamento de hospital já sabe que falta peça. Isso num dia normal! Os departamentos demoram cerca de dois meses pra comprar uma válvula simples. É preciso de treinamento de gente especializada para operar tudo isso”, contou marcos Mendez.

”Nós estamos no Brasil! Não é igual na China ou nos EUA que você compra um componente pela internet e está resolvido. O certo é fazer com o que tem”, completou.