A pandemia de COVID-19 mudou os protocolos de organização de praticamente todos os esportes do planeta, que tiveram que adotar medidas para poder voltar a ativa. Este é o caso da Fórmula E e de suas equipes.
A categoria de carros elétricos anunciou nesta semana a retomada da sexta temporada, que foi interrompida no final de fevereiro. Serão seis corridas em nove dias, com todos os profissionais envolvidos alocados dentro do Aeroporto de Tempelhof, que recebe os eprix desde a primeira temporada.
As equipes já receberam os seus carros, que ficaram guardados em Valência por três meses após a disputa do ePrix de Marraquexe, e agora, estão se preparando para retornar as pistas em agosto. Porém, com novas medidas e com um número menor de profissionais.
Em entrevista ao site britânico The Race, o gerente da equipe Envision Virgin Racing Leon Price, explicou os novos protocolos e como está sendo realizado o trabalho dentro do time, que está instalado em Silverstone na Inglaterra.
“Demos uma olhada inicial nos carros e sim, existem alguns partes que sofreram corrosão, mas não foi tão ruim. Tudo pode ser consertado e temos tempo de sobra para fazê-lo”, explicou Price.
“Normalmente, a sala de submontagem pode ter entre quatro ou cinco pessoas trabalhando lá, mas agora apenas duas pessoas são permitidas, para que possam circular livremente e manter uma distância segura.”
“Se houver ferramentas compartilhadas, por exemplo, temos lavatórios antibacterianos e antivirais em todas as salas de trabalho para que eles possam limpar as ferramentas. Realmente seguimos todos os protocolos para mantê-los seguros, de acordo com o que foi determinado pelo governo.”
Para Berlim, cada equipe deverá limitar o número de profissionais a 25 pessoas, o que será um grande desafio levando em conta que serão seis provas em nove dias, e levando em conta que se trata de um número bem reduzido em relação a um fim de semana comum de eprix. E este número poderá ser reduzido para 20, algo que ainda está em discussão.
Esse será o maior desafio para as equipes, na opinião do gerente da DS Techeetah, Nigel Beresford, em entrevista ao The Race. “Com seis corridas em um curto período de tempo, será super difícil”, comentou.
“Precisaremos de toda a capacidade mecânica que conseguirmos, de modo que isso precisa ser pensado com muito cuidado nas atuais circunstâncias difíceis”, finalizou.
As seis etapas em Berlim serão disputadas entre os dias 05 e 13 de agosto, com três rodadas duplas, cada uma com um layout de pista diferente no Aeroporto de Tempelhof.