A palestra do medalhista olímpico Lars Grael encerrou a edição relâmpago de VelaShow, que ocorreu nos dias 23 e 24 de setembro de maneira remota nos canais oficiais do evento.
Referência na modalidade, o velejador recordou histórias das primeiras práticas no País, principalmente na Baía de Guanabara, a importância de Niterói e o legado da família Schmidt Grael no esporte.
Os Grael, por exemplo, somam oito medalhas olímpicas, sendo três de ouro e os filhos dos irmãos Lars e Torben se destacam em competições internacionais e nacionais.
Ambos tem Niterói (RJ) como base, mesma cidade que sediará de 9 a 11 de abril de 2021 a segunda edição do VelaShow. A edição presencial foi adiada em 2020 pelo COVID-19.
Ídolo da vela nacional, Lars Grael recordou a origem da sua família na modalidade e o motivo de não usar o outro sobrenome Schmidt como referência.
”No caso da minha família começou com meu avô e minha mãe também amava velejar! Quando a gente era garoto e começou a velejar tínhamos orgulho dos tios! Colocava na inscrição de Regata o nome Schmidt, que atraia por magnetismo!”
”Mas lógico que somos mortais e o começo foi de péssimos resultados. Então vinham as críticas e frases como ‘não são bons iguais ao tios’. Então resolvemos usar o nome Grael por causa do peso do nome Schmidt”, lembrou Lars Grael.
Niterói é um dos maiores centros de vela do mundo e reúne clubes tradicionais do esporte, como o Naval Charitas e o Sailing. Foi lá que surgiu a primeira instituição de vela. Hoje, atividades aplicadas no Projeto Grael, por exemplo, formam novos profissionais para o segmento náutico.
O legado para o esporte, como citado acima, é enorme em Niterói, mas os resultados não são apenas da cidade vizinha ao Rio de Janeiro.
Das 18 medalhas olímpicas do Brasil, quase que todas saíram de Rio Iate Clube ou do Yacht Clube de Santo Amaro, nesses dois clubes surgiram velejadores que começaram a vela com excelência.
Lars Grael foi entrevistado nesta quinta-feira (24) pelo jornalista e historiador Murillo Novaes, responsável pelo Anuário da Vela e por outras obras ligadas à navegação.
O bate-papo virtual teve na véspera as participações de navegadores Cláudio Copello e Adriano Plotzky, do #SAL.
Os velejadores falaram sobre a vida a bordo de embarcações e a infraestrutura encontrada em marinas e cidades para abrigar barcos.
Após a conversa dos especialistas na modalidade, o VelaShow promoveu provas online com mais de 40 velejadores pelo virtual Regatta.
As provas do VelaShow 2020 foram vencidas por Lucas Dantas, de apenas 15 anos.
A competição foi feita via o aplicativo Virtual Regatta com barcos da classe J70. Em 2021, o evento vai montar regatas presenciais e online.