Bicampeão olímpico conseguiu um 5° e 6° lugares nas duas regatas desta quinta-feira (10), em Vilamoura, entrando de vez na luta pelo pódio na competição que encerra a temporada 2020 de preparação para os Jogos de Tóquio
O vento deu as caras em Vilamoura nesta quinta-feira (10), no segundo dia do 3rd Portugal Grand Prix – round 1. Robert Scheidt mostrou porque é especialista nesse tipo de condição e saltou do sétimo para o terceiro lugar na classificação geral na classe Laser. Para esta sexta-feira (11), a previsão é manutenção das condições climáticas, o que mantém as chances do bicampeão olímpico se manter na luta pelo pódio.
Com ventos entre 15 e 18 nós nesta quinta-feira, Robert cruzou a linha de chegada em 5° e 6° lugares, nas duas regatas disputadas. “O vento aumentou bem e tivemos bastante onda também. Foi um dia bom, mas dava para ter feito melhor, principalmente na segunda regata, quando cheguei a estar em terceiro. Sempre há detalhes para aprimorar, mas, de forma geral, velejei bem”, explicou o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios, que é patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex e que conta com o apoio do COB e CBVela.
A liderança do Grand Prix português está com o francês Jean Baptist Bernaz, parceiro de treinos de Scheidt no Lago Di Garda, na Itália, onde o brasileiro fixou residência com a família. “O francês está andando bem rápido e o norueguês (Hermann Tomasgaard, segundo colocado em Portugal) é muito forte. O objetivo é seguir tentando melhorar um pouco mais a cada dia. Nesta quinta tivemos duas regatas muito duras fisicamente e agora é descansar pra recuperar o corpo ao máximo para a sexta-feira, que promete ser também desgastante em função do vento forte e das condições do mar”, completa o bicampeão olímpico, que se prepara para disputar os Jogos de Tóquio, em 2021.
Jean Baptis Bernaz lidera o 3rd Portugal Grand Prix – round 1, com 10 pontos perdidos, seguido por Hermann Tomasgaard, com 15. Scheidt está a apenas dois pontos do norueguês, com 17. A diferença apertada e a possibilidade de manutenção do bom regime de ventos aumenta a confiança do velejador brasileiro em subir ainda mais na classificação geral da competição disputada em Vilamoura.
O segundo dia foi bem diferente da abertura do Portugal Grand Prix – round 1, na quarta-feira (9). Com ventos entre fracos e médios, Robert Scheidt terminou as duas regatas em 6° e um 16° lugares, entre os 63 velejadores de diferentes partes do mundo que disputam a competição.
O Portugal Grand Prix é a segunda competição de Scheidt desde o início da pandemia. Em setembro, o bicampeão olímpico conquistou o vice-campeonato italiano da classe Laser, em Follonica, na região da Toscana. O título não veio por apenas um ponto. Ele venceu a última regata do campeonato que reuniu 45 velejadores de oito países. Com isso, terminou com 12 pontos perdidos, enquanto o norte-americano Charlie Buckinghan, ficou em 11.
Desafio olímpico – Scheidt retornou à classe Laser em 2019, após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio/2016, onde terminou na quarta colocação mesmo vencendo a medal race. Nesse período de readaptação às novas técnicas e nova mastreação, cumpriu seu objetivo principal, que foi o índice para Tóquio, com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser 2019, em Sakaiminato, no Japão. Ele confirmou a vaga no Mundial da Austrália, em fevereiro, quando chegou à flotilha ouro e foi o melhor brasileiro na disputa.
Maior atleta olímpico brasileiro – Eleito, em março de 2020, o maior atleta olímpico do Brasil, em votação coordenada pela Rede Globo com os maiores medalhistas olímpicos do País. Na comemoração dos 100 anos de história do Brasil nos Jogos Olímpicos, no início de agosto deste ano, ficou em segundo lugar em votação de 100 jornalistas, atrás apenas de Adhemar Ferreira da Silva e à frente de Joaquim Cruz, seus ídolos que muito o inspiram.