A participação brasileira no Mundial de Fórmula Kite 2021 em Torre Grande (Oristano), na Itália, terminou com a 18ª colocação do campeão pan-americano Bruno Lobo. O atleta de São Luís (MA) liderou a equipe brasileira de vela na competição, que contou ainda com Maria do Socorro Reis – 38ª na classificação do feminino, e Cláudio Cruz entre os masters. O resultado, segundo os competidores, foi positivo, principalmente pelo nível técnico dos quase 150 velejadores de 27 países na disputa.
Foi também o primeiro evento válido como campeonato mundial da IKA – International Kiteboarding Association após a confirmação da modalidade em Paris 2024. O título do campeonato no masculino ficou com o francês Theo de Ramecourt. Em segundo lugar terminou o também francês Axel Mazella e em terceiro o esloveno Toni Vodisek. Já a vencedora no feminino foi a norte-americana Daniela Moroz, seguida no pódio pela britânica Ellie Aldridge e pela francesa Poema Newland.
Principal nome do kitesurf no Brasil, Bruno Lobo andou entre os primeiros em praticamente todas as regatas do evento, que começou na quarta-feira (13) e foi decidida no domingo (17). O atleta, que viajou a convite da CBVela – Confederação Brasileira de Vela, espera ter mais oportunidades na próxima temporada e foca nos objetivos principais, que são o bicampeonato do Pan, em Santiago 2023, e disputar uma final olímpica em Paris 2024.
”O campeonato foi importante para a minha evolução como atleta profissional. Vi que posso andar de igual para igual contra os adversários. Muitos deles correm campeonatos quase todos os meses. Volto para o Brasil com muito aprendizado e vontade de competir contra os melhores sempre. Agora é concentrar as atenções no Brasileiro e na preparação pan-americana e por uma vaga olímpica”, disse Bruno Lobo de 27 anos.
No Mundial 2021, Bruno Lobo manteve boa média durante toda a competição no Mar Mediterrâneo, que teve início na quarta-feira (13) para todas as categorias. O velejador ficou na disputa por uma vaga entre os finalistas. ”São pequenos detalhes que fazem a diferença numa competição equilibrada como essa”.
Além dos fortes adversários, os brasileiros tiveram que se adaptar às condições do Mar Mediterrâneo, com ventos mais rondados. Em São Luís (MA) ou na Represa do Guarapiranga, onde Bruno Lobo e Socorro Reis treinam, as condições são mais estáveis.
Socorro Reis além da experiência de competir contra as melhores do mundo volta com a medalha de bronze na categoria máster. ”O kite virou olímpico e precisamos ter parâmetro com os demais atletas. Aqui vimos o que precisamos corrigir para evoluir. Voltamos para o Brasil, para o Maranhão com várias lições”.
O próximo evento de alto-nível da categoria é o Brasileiro de Fórmula Kite em São Luís (MA) entre os dias 5 e 7 de novembro. Um pouco antes será realizado o Floripa Foil Festival, entre os dias 30 de outubro a 2 de novembro, em Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC).
”Esse período na Sardenha foi importante para o ciclo olímpico de Paris 2024. Além de medir forças e ganhar mais tempo de regata contra os melhores, os brasileiros puderam ver toda a estrutura por trás das equipes”.
‘Os europeus estão com estrutura e investindo bastante na modalidade. Os nossos velejadores tem muito potencial e podem andar de igual para igual com os estrangeiros. Temos muito trabalho de pesquisa e testes nessa nova classe dos Jogos”, explicou Flávio Perez, Team Leader do Brasil no Mundial de Fórmula Kite.
As equipes de França, Inglaterra e Estados Unidos montaram bases de apoio em terra com vans e tendas, além de botes com treinadores equipados com a mais nova tecnologia para suporte em competições de vela.