A Equipe Brasileira de Vela encerrou o Mundial da Juventude 2022 nesta quinta-feira (14) entre as 10 melhores nações do evento dedicado à nova geração da modalidade. A competição em Haia, na Holanda, teve ao todo 15 representantes em seis classes. Disputaram o evento 450 velejadores de 69 países.
Os brasileiros somaram 166 pontos perdidos no Nations Trophy, um ponto de desvantagem para a Argentina, que ficou em nono. A campeã geral foi a Espanha com 57 pontos perdidos, seguida por França e Itália.
Na água de Haia, a jovem equipe do Brasil terminou o campeonato com três barcos entre os dez primeiros colocados, e outros dois muito próximos desta faixa. Destaque para a dupla de 420 formada por Joana Gonçalves e Luísa Madureira (420), finalizando em sétimo. O gaúcho Erick Carpes da classe Ilca foi o nono e as meninas de 29er Clara Meyer e Lívia Nogueira (29er) em décimo.
”Finalizamos dentro do Top 10, o que representa a boa performance de nossa equipe em geral, além de uma preparação de excelência”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela. ”Saímos com a sensação de dever cumprido e cientes de que essa geração ainda tem mais Mundiais da Juventude pela frente! São ainda muito jovens e muito bem treinados. Como sempre digo, o trabalho é voltado para que os competidores mais novos cheguem bem preparados em campeonatos de ponta, como os Jogos Olímpicos de Paris 2024, Los Angeles 2028 e Brisbane 2032”.
A competição é sub-19 e quase todos os integrantes da equipe na Holanda podem disputar ainda mais dois mundiais.
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O grupo em Haia foi supervisionado por Juan Sienra, como chefe de delegação, ao lado dos treinadores Ricardo Paranhos e Maria Hackerott, além de Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.
O Mundial da Juventude foi realizado pela primeira vez na Suécia em 1971 e é um dos principais eventos da World Sailing para ajudar a promover a participação dos jovens em provas de alto nível.
Boa parte dos atletas no Mundial da Juventude de Haia 2022 é formada pelo projeto pelo Núcleo de Base da Confederação Brasileira de Vela. São atendidos mais de 60 atletas da nova geração da modalidade em treinamentos na Marina da Glória, no Rio de Janeiro (RJ), no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ), ou em campeonatos no exterior.
A sede oficial do projeto é a Marina da Glória, palco das regatas da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela. Por lá são atendidos adolescentes entre 13 e 17 anos, que integram as seleções para os principais campeonatos, como o Mundial da Juventude da World Sailing.
O Brasil soma ao todo 16 medalhas na história do Mundial da Juventude. A primeira medalha foi obtida por Robert Scheidt na classe Laser em Largs, na Escócia, em 1991.
Tabela de classificação
Joana Gonçalves e Luísa Madureira (420) – 7º
Erick Carpes (Ilca) – 9º
Clara Meyer e Lívia Nogueira (29er) – 10º
Guilherme Menezes e Fernando Menezes (29er) – 11º
Guilherme Araújo e Milena Araújo (Hobie Cat 16) – 12º
Alex Kuhl e Handrey Cantini (420) – 15º
Marcos Americano (Kite) – 15º
Júlia Carreirão (Ilca) – 19ª
Sofia Faria (iQFoil) – 25ª
Lucas García Alves (iQFoil) – 31º
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.
Texto: Flávio Perez | CBVela
Foto: Sailing Energy