A CBVela – Confederação Brasileira de Vela confirmou que o programa Bolsa-Atleta foi atualizado no último mês pelo Governo Federal e passa a integrar na primeira fase os atletas da Vela Jovem.
Após várias reuniões de trabalho realizadas pelo coordenador-técnico e bicampeão olímpico, Torben Grael, e o gerente-técnico Juan Sienra, foi desenhada uma nova estrutura para ser apresentar aos Gestores do Programa Bolsa-Atleta da Secretaria Nacional do Alto Rendimento, em Brasília (DF).
A novidade foi o ingresso das classes presentes no Mundial da Juventude, que são porta de entrada para as categorias olímpicas e pan-americanas no alto-rendimento. Na lista estão 29er, 420, ILCA, iQ Foil, Kite e Nacra 15. As classes serão divididas em categorias por idade, que incluem base sub-16 e iniciante sub-19.
Além das classes do Mundial da Juventude também foi incluído o ILCA 4 feminino como base sub-16 e o Kite Foil com pipa tubular sub-16, intermediário sub-23 ou sub-21 dependendo da categoria será exclusivamente para as do programa olímpico de Paris 2024.
”Desta forma os jovens atletas brasileiros serão contemplados na primeira fase de execução do programa e contarão com esse suporte fundamental do programa no momento chave de sua carreira”.
”Graças ao entendimento de ambas entidades foi aprovado esta nova estrutura da modalidade no que se refere a atletas contemplados, aumentando assim expressivamente o número de atletas da modalidade com esse suporte”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.
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A Equipe Brasileira de Vela encerrou o Mundial da Juventude 2022 no mês de julho entre as 10 melhores nações do evento dedicado à nova geração da modalidade. A competição em Haia, na Holanda, teve ao todo 15 representantes em seis classes. Disputaram o evento 450 velejadores de 69 países.
Os brasileiros somaram 166 pontos perdidos no Nations Trophy, um ponto de desvantagem para a Argentina, que ficou em nono. A campeã geral foi a Espanha com 57 pontos perdidos, seguida por França e Itália.
A competição é sub-19 e quase todos os integrantes da equipe na Holanda podem disputar ainda mais dois mundiais.
O grupo em Haia foi supervisionado por Juan Sienra, como chefe de delegação, ao lado dos treinadores Ricardo Paranhos e Maria Hackerott, além de Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.
O Mundial da Juventude foi realizado pela primeira vez na Suécia em 1971 e é um dos principais eventos da World Sailing para ajudar a promover a participação dos jovens em provas de alto nível.
Boa parte dos atletas no Mundial da Juventude de Haia 2022 é formada pelo projeto pelo Núcleo de Base da Confederação Brasileira de Vela. São atendidos mais de 60 atletas da nova geração da modalidade em treinamentos na Marina da Glória, no Rio de Janeiro (RJ), no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ), ou em campeonatos no exterior.
A sede oficial do projeto é a Marina da Glória, palco das regatas da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela. Por lá são atendidos adolescentes entre 13 e 17 anos, que integram as seleções para os principais campeonatos, como o Mundial da Juventude da World Sailing.
O Brasil soma ao todo 16 medalhas na história do Mundial da Juventude. A primeira medalha foi obtida por Robert Scheidt na classe Laser em Largs, na Escócia, em 1991.
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.