Reforço do CV Kiele Socuellamos para a temporada 2022/23, a ponteira Elis Bento, agenciada pela Pro Sports, demonstra felicidade ao falar do time espanhol. Cientes dos desafios que a esperam, a jogadora coloca o coração em primeiro lugar.
“Estou muito feliz pela escolha que fiz de voltar para a Espanha. Estou aguardando ansiosamente as surpresas da temporada. Meu início tem sido muito legal e ao mesmo tempo desafiador. Por onde passo, tento deixar o meu melhor, e ajudar a minha equipe com a minha experiência e estilo de jogo é minha meta”, disse Elis.
Não é a primeira passagem da jogadora pelo voleibol espanhol. Há três temporadas, Elis defendeu o Logroño, onde conquistou dois títulos coletivos e um individual. Apesar de já conhecer o território, a empolgação ainda é de uma novata. A ponteira não esconde a ansiedade pela estreia oficial com o novo clube.
“Temos que correr contra o tempo para entrar no ritmo. Com apenas nove dias de treinos, já jogamos amistosos e estamos trabalhando para a competição que já começa agora em outubro. É um clube modesto, mas que, na última temporada alcançou o terceiro lugar na liga espanhola, o que garantiu uma vaga para disputar a copa CEV”, analisa Bento.
Entre aquela temporada e a atual, Elis Bento passou dois anos no voleibol sueco. A ponteira também enaltece os aprendizados que teve no Engelholm e no Hylte/Halmstad.
“Em 2015, foi minha primeira experiência fora, na Suíça. País lindo, uma experiência de vida incrível. Foi ali que pude abrir e ampliar o meu mercado na Europa. Em seguida, fui para a França e fiquei dois anos por lá.
Ela conta que ainda tinha o desejo de voltar ao Brasil, o que conseguiu em 2018/19, pelo Curitiba Vôlei.
“Fiz bons jogos na reta final e isso me proporcionou voltar à Europa. Fui para a Espanha, depois para a Suécia, algo que nunca passou pela minha mente. Um país extremamente frio, mas topei. Foram anos muito frutíferos. Amo meu Brasil, mas não me vejo voltando por agora”, conta Elis.
A jogadora chama a atenção por ser ponteira mesmo com apenas 1,70m, o que a faz superar barreiras diariamente e servir de exemplo para jovens que querem seguir no esporte, mas acham difícil.
“Antes eu não tinha noção de que eu era uma exceção. O fato de saltar muito me ajudou e com certeza a boa técnica adquirida durante a minha formação nas categorias de base foi e é o que me permite seguir atacando. As pessoas não tem noção do quanto o caminho foi duro e do o quanto eu preciso me empenhar para me manter jogando. Em cada equipe que vou, há quem desconfie da minha capacidade. É difícil conseguir equipes por conta da baixa estatura. Eu até entendo, mas não deixo isso me parar”, conclui a atacante.