A primeira etapa da Copa FEVESP de Optimist foi concluída neste domingo (19) no YCSA – Yacht Club Santo Amaro, em São Paulo (SP). A competição de base da vela nacional reuniu em dois dias 42 crianças, sendo 29 veteranos e 13 estreantes na categoria. Foram disputadas quatro regatas na Represa do Guarapiranga
O evento, que é dividido em quatro competições durante o ano, vale pontos importantes para o ranking de Op, que até o final do ano podem servir como classificação estadual para o Brasileiro de Optimist 2024, que será realizado em Salvador (BA).
As regatas na Represa do Guarapiranga foram importantes para os treinadores do YCSA, Escola de Vela Lars Grael em Ilhabela e Escola Municipal de São Sebastião avaliarem o desempenho da garotada, dividida entre os estreantes e os mais experientes. A classe Optimist começa aos 7 anos e vai até os 15.
”As regatas aos fins de semana e os toques passados por técnicos e colegas causam um impacto muito grande nessa molecada. Faz uma diferença gigante, a curva de aprendizado deles é muito alta, ao contrário de um velejador formado”.
”É uma geração muito nova e cada dica, cada conselho, faz uma diferença enorme na carreira deles”, disse o atleta olímpico Felipe Echenique, que acompanhou a filha Helena, de 11 anos.
Helena Echenique foi a vencedora da primeira etapa da Copa FEVESP de Optimist na sua categoria, que é a dos veteranos. O vencedor no masculino e geral entre os mais velhos foi João Pedro Matta. Nos estreantes, os melhores foram Enrico Behling de Lion e Lis Ferlin.
O YCSA tem como capitão de flotilha Ricardo Barbosa e a vice Renata Ferlin Sugai.
Mães presentes
Umas das características da classe Optimist é a presença das mães acompanhando as regatas, seja onde for. Mesmo não podendo orientar os filhos na água quando estão competindo, a proximidade ajuda no desenvolvimento dos pequenos no esporte.
Nas regatas da Copa FEVESP, por exemplo, um grupo de mães dividiu um bote para torcer, mas nos intervalos das provas ou em momentos com ventos fracos, os garotos e garotas se aproximam da embarcação para pedir de tudo, mas principalmente o carinho das mamães.
Nas regatas deste fim de semana, as mães Camila Dumarco, Renata Palma, Camila Calabró, Vívian Vasconcellos e Flávia Lagoa assistiram todos os detalhes da ação na represa munidas de celular para fotos, muita água e protetor solar para aguentar os mais de 30 graus na zona sul de São Paulo (SP).
”É uma forma de proporcionar segurança, apoio, carinho, acolhimento e acredito que falo por todas as mães. A mãe que pega o barquinho, sai de Ilhabela e as que não consegue vir para São Paulo, também ajudamos os filhos delas”.
”É uma troca de atenção e cuidado que mostramos para os filhos. A criança vê que cuidamos de todos e estamos em um coletivo. A criança aprende a se virar, mas também aprende a viver em coletivo.”, contou Camila Dumarco, que administra o perfil @FlotilhadaGaroa com informações, fotos e vídeos das regatinhas de Optimist no YCSA. O trabalho é feito em conjunto com Camila Calabró.
Camila Dumarco está sempre ao lado do filho Dudu, que está entre os estreantes do Optimist do YCSA. Treinar na Escola da Vela Robert Scheidt é fundamental para a família Dumarco.
”Ele aprende a tomar decisões sozinhos, como decidir para qual lado da regata vai, o vento e isso faz a criança crescer independente. Gosto muito porque sai do videogame e do computador! Começa a vivenciar a natureza, a água e também conviver com outras crianças.
Os pais dos jovens, como o caso de Arthur Vasconcellos e Marco Lagoa, também do YCSA, estavam na mesma raia, só que disputando o Campeonato Paulista de Star. A dupla ficou com a medalha de bronze no evento.
A próxima edição da Copa FEVESP de Optimist será no mês de abril.