As brasileiras Juliana Duque (YCB) e Bruna Patrício (YCSA) conquistaram neste domingo (8) o título mundial de Snipe em Valência, na Espanha. A dupla venceu o campeonato de ponta a ponta com apenas 16 pontos perdidos, superando o barco da lituana Gintare Scheidt, esposa de Robert Scheidt, e da norueguesa Maj Borgen, com 22 pontos perdidos. Em terceiro ficou a dupla espanhola formada por Martina Cacho e Patrícia Cacho, com 29.
Atleta do Yacht Club da Bahia e da Marinha do Brasil, Juliana Duque já havia conquistado o Mundial de Snipe em São Paulo com Mila Beckerath, no ano de 2021, e em em 2016 ao lado de Amanda Sento Sè em Bracciano, na Itália.
O tricampeonato veio de maneira consistente com quatro vitórias em sete regatas e apenas uma prova fora do Top 3, que foi descartado. As regatas foram realizadas de 3 a 8 de outubro no Club de Vela Valencia Mar, com 42 duplas de países como Argentina, Bélgica, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Japão, Portugal, Lituânia e Noruega.
”O campeonato foi muito bom! Mais uma vez com Rafa sendo o técnico e, desta vez ao lado de Bruna Patrício. Valência foi uma raia de ventos fracos e muita diferença de pressão. Foram regatas complicadas com muita troca de posições. Conseguimos fazer um bom trabalho no início do campeonato e, por isso, tornou o final um pouco mais confortável para nós. Agora é voltar para casa e continuar treinando para os Jogos Pan-Americanos”, disse Ju Duque, que também faz campanha olímpica de 470, que passa a ser misto a partir de Paris 2024.
”Foi um título muito importante para minha carreira. A Ju possui muita experiência e já foi duas vezes campeã mundial! Aprendi muito com essa competição. Foi muito difícil, com vento médio e ótimos competidores! Muito feliz com o título!”, disse Bruna Patricio.
O campeonato mundial teve a presença de medalhistas olímpicas da vela como Gintare Scheidt (Lituânia) e Angela Pumariega (Espanha) nas disputas em Valência. Da Espanha, Juliana Duque volta o foco à disputa da medalha Pan-Americana de Snipe ao lado do marido Rafa Martins. O Pan começa no fim do mês na raia de Algarrobo, no Chile.
”Foi uma performance super consistente. As duas estavam em sintonia perfeita em manobra e barco. A disputa foi acirrada com todas as atletas muito treinadas, um alto nível de competição”, disse Paola Prada, secretaria do hemisfério da classe e também participante. A atleta ficou em 34º ao lado de Flávia Castro.
Clínicas
A CBVela – Confederação Brasileira de Vela faz regularmente ações para as mulheres da vela nacional. A última programada é para as velejadoras da classe ILCA, que terão aulas teóricas e práticas com a treinadora Maria Hackerott, entre os dias 27 a 29 de outubro, no tradicional clube Veleiros do Sul, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
As inscrições são via formulário online aqui: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdiJJ2repKH2CoUxESYLionj4OOExhjYGh7wCaf6h2Y6W19bg/viewform.
A clínica possui o objetivo de evoluir a parte técnica das atletas da classe. Além das aulas, o intuito é criar uma rede de apoio e incentivo para que as velejadoras continuem competindo e velejando.
Encontros de formação e aulas para treinadoras também estarão em pauta. Maria Hackerott, treinadora da CBVela, velejadora e pesquisadora, comandará uma equipe de treinadoras do Veleiros do Sul e Jangadeiros. O objetivo é evoluir a performance das professoras de vela de ambos clubes.
Apoio à vela Jovem
A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.
O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).
O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.
A CBVela foi a primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e a incorporar a agenda global da sustentabilidade – a Agenda 2030, com seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – ao seu planejamento estratégico.