Na última terça-feira (10), a Fórmula E realizou sua tradicional coletiva de imprensa que antecede o E-Prix de São Paulo. No evento, o head de operações da corrida no Brasil, Guilherme Birello, conversou com exclusividade com o Collab Sports. O executivo comentou sobre o contrato, a preparação para a próxima corrida, que acontece em 7 de dezembro, no Sambódromo do Anhembi (SP).
O resultado dessa entrevista exclusiva, você confere a seguir:
Collab Sports: São Paulo tem um contrato em vigência de 5 anos com a Fórmula E, em dezembro será a realizada a terceira corrida, restando outras duas. A organização do evento já está trabalhando com a possibilidade de renovação ou até cogita novos rumos em outras cidades do Brasil?
Guilherm Birello: Trabalhamos pela permanência do E-Prix na cidade de São Paulo pelo máximo de tempo possível. São Paulo é muito querida pelo ecossistema da Fórmula E, não é por menos que fomos promovidos, podemos dizes assim, a ser a corrida de abertura do campeonato. Hoje, São Paulo é uma cidade que tem conquistado um espaço muito importante dentro da estrutura do campeonato. Então, trabalhamos com a expectativa de manter a corrida ao máximo possível na cidade de São Paulo.
Collab Sports: Sobre o fato de receber a primeira corrida do campeonato, o que isso significa na prática? Qual a importância disso?
Guilherme Birello: Em primeiro lugar, na prática isso é um resultado, um reconhecimento. A primeira corrida em São Paulo foi muito difícil, mas a segunda foi uma corrida que o público gostou muito. Não só o público, como o próprio ecossistema da Fórmula E. Então para nós, abrir o campeonato é um reconhecimento. Agora, temos um ganho muito grande com isso, porque a primeira corrida recebe uma cobertura de imprensa muito maior, mais engajamento das equipes e dos patrocinadores. O movimento e a força que a corrida tem, ela ganha um establishment diferente do que uma corrida no meio do campeonato.
Collab Sports: Por falar nessa mudança de datas, a prova era realizada em março e agora será em dezembro, onde há mais possibilidade de chuva. Por que a mudança e qual a diferença para realizar a prova no final do ano?
Guilherme Birello: São duas coisas. Em março temos o desafio de encaixar a corrida no calendário do carnaval. O carnaval oscila todo ano, então a gente ficava muito modular, é difícil encaixar dentro de um campeonato internacional da Fórmula E, que também precisa se enquadrar com os outros campeonatos internacionais. Então, em março tínhamos dificuldade em função disso. Ir para dezembro não é uma questão ou por calor ou por nada. Ir para dezembro é por abrir o campeonato. Temos muita consciência da questão da época de chuva. Estamos trabalhando a prova para isso, antecipando a largada. Porque sabemos que nessa época a tendência às chuvas são mais localizadas no final do dia, então temos algumas programações para lidar com isso. Aí não tem jeito, é administrar o evento mesmo.
Collab Sports: Na época que a IndyCar corria no Brasil, usando um traçado semelhante ao da Fórmula E, ocorreram muitas dificuldades com a questão de sujeira na psita, por exemplo. Gostaria que você comentasse um pouco sobre como é feito o gerenciamento para que a pista fique mais limpa e segura?
Guilherme Birello: Para a Fórmula E, a estrutura da pista é muito diferente da usada pela IndyCar. Basicamente, a Fórmula E está muito habituada a corridas de rua. Hoje o calendário tem mudado, mas em regra o calendário da Fórmula E sempre foi localizado em pistas de rua. Então, temos muito conhecimento. Para evitar esse problema, pintamos a pista do sambódromo com tinta aderente padrão FIA, além de recapiar toda a estrutura do circuito. Então, nos precavemos de problemas porque já faz parte do conhecimento da Fórmula E.
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