O holandês Jean-Julien Rojer, seu novo parceiro a partir da temporada 2021, será pai em fevereiro e não viajará para a Austrália. Assim, Melo e Rojer passarão a atuar juntos logo após o Grand Slam
O mineiro Marcelo Melo iniciará a temporada na Austrália ao lado do romeno Horia Tecau. E o motivo vem de fora das quadras: seu novo parceiro a partir de 2021, o holandês Jean-Julien Rojer, será pai em fevereiro e não viajará para Melbourne. Assim, Melo e Rojer começarão a jogar juntos após o Australian Open. Com Tecau, Marcelo disputará dois torneios: além do primeiro Grand Slam do ano, marcado para o período de 8 a 21 de fevereiro, antes formarão dupla no ATP 250, de 31 de janeiro a 6 de fevereiro, preparatório para o Australian Open, também em Melbourne.
“Vou jogar com o Tecau, por coincidência ex-parceiro do Jean-Julien, tanto no ATP 250, lá mesmo em Melbourne, como no Australian Open. Depois desses dois torneios, eu e o Jean-Julien iniciaremos então com muita motivação a nossa nova parceria”, afirmou Marcelo, que tem o patrocínio de Centauro, BMG e Itambé, com apoio da Volvo, Orfeu Cafés Especiais, Head, Voss, Foxton, Asics, Bolsa Atleta e Confederação Brasileira de Tênis.
Desde o final da temporada, Melo está em Belo Horizonte (MG) e vem treinando com o irmão e técnico, Daniel Melo, e com o preparador físico Chris Zogno, preparando-se para 2021, antes de viajar para o início das disputas do próximo ano. No ATP Finals, em novembro, Melo e o polonês Lukasz Kubot anunciaram o término da parceria de quatro anos.
Marcelo Melo encerrou 2020 empatado com Kubot na décima colocação do ranking mundial individual de duplas, com 5.700 pontos, e como a sétima melhor parceria de 2020, com 2.340 pontos. Esta é a oitava temporada seguida em que Marcelo termina entre os Top 10. No ano passado foi sétimo. Em 2018, nono do mundo, foi primeiro em 2017 e 2015, oitavo em 2016 e sexto colocado em 2013 e 2014.
Recordista em títulos e semanas no topo do ranking – Recordista brasileiro em número de títulos, com 35 conquistas, e também em semanas no topo do ranking da ATP – 56 -, assim como em participações no ATP Finals – completou oito seguidas -, Marcelo somou mais um recorde ao chegar a 500 vitórias, na estreia no ATP 500 de Washington, em julho de 2019, passando a ser o 35º jogador de todos os tempos a atingir essa marca.
Entre 2017 e 2018, Marcelo ficou 30 semanas – 25 consecutivas – como líder do ranking mundial individual de duplas da ATP (13 semanas em 2017 – terminando o ano como número 1 – e 17 semanas em 2018). Antes, ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22 semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por mais quatro semanas a partir de maio de 2016. Único brasileiro na história a ser número 1 do mundo em duplas.
Em 2020, no México, no ATP 500 de Acapulco, o mineiro Marcelo conquistou o 34º título da carreira, o 14ª com o polonês Lukasz Kubot, e no mês de outubro, no ATP 500 de Viena somou o 35ª da carreira, 15º com Kubot. Pelo 14º ano consecutivo comemora no mínimo um título por temporada. Juntos, Melo e Kubot ganharam pelo menos um torneio por ano desde 2015.
Dos 35 títulos, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e nove Masters 1000, além de nove ATP 500 e 15 ATP 250. Marcelo, 37 anos, e Kubot, 38 anos, formaram parceria desde o início da temporada 2017. Antes, jogaram em torneios como o ATP 500 de Viena, em que foram campeões em 2015 e 2016.
Vinte e duas vitórias em 2020 – Melo e Kubot somaram 22 vitórias em 2020, na estreia no Australian Open e no ATP 250 de Adelaide, na Austrália, duas no Rio Open, quatro em Acapulco, uma no Masters 1000 de Cincinnati, uma no ATP 500 de Hamburgo, uma na estreia em Roland Garros, três no primeiro ATP 250 e uma no segundo em Colônia, quatro em Viena, duas em Paris e uma no ATP Finals.
O primeiro título de Marcelo em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal. Tem dois Grand Slam, além de um vice em Londres (2013) e um vice (2018) e duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de títulos em Masters 1000. Em Xangai 2018 chegou ao nono, depois de ganhar Xangai (2013 e 2015), Paris (2015 e 2017), Toronto (2016), Cincinnati (2016), Miami (2017) e Madri (2017).