Homenagem para Maradona, 60 anos, morto em 25 de novembro de 2020
Fui convidado para gravar uma homenagem ao craque argentino, Diego Armando Maradona. A iniciativa é do projeto Universidade 93,7, ligado ao Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP).
Logo pensei: depois de tudo o que falaram, gravaram e escreveram sobre o ídolo mundial, como dizer algo que não seja redundante?
Então me inspirei no mitólogo mundialmente conhecido, Joseph Campbell e sua Jornada do Herói, algo que estudei durante o meu mestrado em Comunicação na Faculdade Cásper Líbero.
Afinal, todos nós passamos por esta “jornada” desde o nascimento: saímos do nosso mundo comum, enfrentamos dificuldades que a vida oferece e tentamos vencê-las para, um dia, descansar em paz.
Com Maradona não foi diferente: teve infância difícil na periferia de Buenos Aires, onde até passou fome. Saiu de seu mundo comum para começar sua jornada no Argentino Juniors e, de lá, para o Boca…. daí pra frente todos conhecem a sua trajetória de fama e, também, infortúnios.
Campbell diz que no fim da jornada, o herói conquista sua recompensa, porém, Maradona teria ido embora antes? Será?
Maradona cumpriu a sua missão, afinal, tudo é cíclico: o dia, o ano, a Lua que vai e volta. O homem nasce, vive, morre e volta para o ventre da terra para reviver algum dia.
Maradona revive hoje, só que agora, como entidade. Ele fará parte das histórias que a humanidade vem contando a séculos por meio de lendas, fábulas e mitos. E os meios de comunicação participam deste processo.
E no fim das contas, Maradona conseguiu a sua recompensa de herói: vai ocupar os dois mundos: o divino e o humano. É nesta condição que ele vai, um dia, encontrar a paz, aquela, do Paraíso.
Descanse Maradona e brilhe eternamente.
Ouça a homenagem para Maradona produzida pelo
Projeto Universidade 93,7 da Universidade de São Paulo: https://youtu.be/ENE8kWwrofA