O ciclista Otávio Bulgarelli conquistou, neste domingo (6), em Campos do Jordão (SP), o terceiro título consecutivo do L’Étape Brasil by Tour de France na prova de 107 quilômetros. O atleta amador conseguiu se desgarrar após a subida da última montanha e abriu vantagem para cruzar a linha de chegada em 3h04min35. A segunda colocação ficou para Felipe Fossati (3h05min02) e o terceiro para Guilherme Couto (3h06min50).
A prova com 2.330 metros de altimetria acumulada teve trechos com chuvas e muita neblina. Mesmo com atenção redobrada, Otávio Bulgarelli baixou em mais de dois minutos a marca do ano passado, que era de 3h07min02.
”Foi um ano mais difícil com competidores mais fortes. Mas dessa vez cheguei solo (sem photofinish), pois estava mais preparado. A experiência falou mais alto. Consegui atacar no final e saí vencedor”, comemorou Otávio Bulgarelli
O atleta dedicou a conquista deste ano ao pai Clerson Bulgarelli, já falecido, que faria aniversário no sábado. ”Foi emocionante e lembrei dele na chegada. Ele me deu mais gás”.
Com apenas 20 anos, a carioca Tota Magalhães venceu pela primeira vez no L’Étape Brasil com a marca de 3h28min06. A atleta amadora disse ter se divertido nos 107 quilômetros pelas estradas do interior de São Paulo.
”A gente ainda está passando por uma pandemia, em um momento complexo! Mas ter uma prova dessa anima a galera para treinar e foi super organizado! Estava todo mundo com vontade de sofrer. O mais importante é que todo mundo se divertiu e fez seu esforço! Eu me divertir bastante, não coloquei pressão e poupei a perna para a Serra Velha e acho que foi meu diferencial para ter uma boa colocação”, explicou Tota Magalhães.
No feminino, a prata ficou com Bia Neres (3h29min30) e o bronze com Mariana Brugger (3h33min17). A versão de 66 quilômetros teve como vencedora Carolina Weber (2h07min14), seguida por Camila Angulo (2h07min45) e Flavia Lorenzetti (2h10min41s).
No masculino, Daniel Ferreira ganhou os 66 quilômetros com 1h52min09s375. A sequência teve Flávio Roberto Ferreira (1h52min09s542) e Walter Miguel Ribeiro (1h53min07s188).
”Estou muito feliz da gente conseguir todo apoio para fazer o L’Étape em um ano tão complicado, tão difícil, mas de muito aprendizado e conscientização! Mostramos que da maneira correta, que o governo exige, todos podem fazer o seu esporte”, contou Fábio Bodra, diretor do L’Étape Brasil.
O L’Étape Brasil não fez premiação e todos os atletas e organização utilizaram máscaras, além de respeitarem o distanciamento social. As medalhas foram entregues embaladas individualmente.
Os protocolos e medidas de segurança foram elaborados seguindo orientações do setor da saúde para a execução de competições ao ar livre. Incluindo padrões divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).