Bicampeão olímpico conseguiu um 6° e um 16° lugares nas duas regatas iniciais, com vento de fraco a médio, nesta quarta-feira (9). Para quinta (10), serão mais duas provas, com previsão de vento forte
A abertura do 3rd Portugal Grand Prix – round 1, em Vilamoura, Portugal, nesta quarta-feira (9), teve ventos entre fracos e médios. Robert Scheidt participou das duas regatas na classe Laser e terminou o primeiro dia no top 10. Com um 6° e um 16° lugares, está em sétimo lugar na disputa que reúne 63 velejadores de diferentes partes do mundo. A competição prossegue nesta quinta-feira (10), com previsão de vento forte, do jeito que o brasileiro bicampeão olímpico gosta. O evento faz parte da preparação do brasileiro rumo aos Jogos de Tóquio, em 2021, onde se tornará o recordista do país, com sete participações.
“Fiz uma boa regata na abertura do Grand Prix, com um sexto lugar, mas tive problemas na segunda. Optei por largar mais por baixo da linha e o vento foi todo para a direita. Montei a primeira boia em 20 e ainda consegui recuperar e chegar em 16° lugar. Estou me sentindo bem no barco. A velocidade está boa. Avaliando o que estou conseguindo fazer o barco andar, acredito que daria para ter feito resultados melhores. Nesta quinta temos mais duas provas, com previsão de vento forte e espero seguir evoluindo”, conta o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios, que é patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex e que conta com o apoio do COB e CBVela.
Scheidt está em Vilamoura para a última etapa de preparação de 2020, rumo a Tóquio/2021. O bicampeão olímpico explica porque escolheu finalizar os treinos do ano na região do Algarve, no sul de Portugal. “Vilamoura oferece boas condições de velejada, com mar aberto e ondas no oceano Atlântico. Tem um bom regime de ventos e recebe os melhores atletas do continente nessa época do ano. Hoje, é um grande centro de treino de inverno em função da temperatura ser mais amena nos meses de inverno”, analisa Robert Scheidt.
O Portugal Grand Prix é a segunda competição de Scheidt desde o início da pandemia. Em setembro, o bicampeão olímpico conquistou o vice-campeonato italiano da classe Laser, em Follonica, na região da Toscana. O título não veio por apenas um ponto. Ele venceu a última regata do campeonato que reuniu 45 velejadores de oito países. Com isso, terminou com 12 pontos perdidos, enquanto o norte-americano Charlie Buckinghan, ficou em 11.
Desafio olímpico – Scheidt retornou à classe Laser em 2019, após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio/2016, onde terminou na quarta colocação mesmo vencendo a medal race. Nesse período de readaptação às novas técnicas e nova mastreação, cumpriu seu objetivo principal, que foi o índice para Tóquio, com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser 2019, em Sakaiminato, no Japão. Ele confirmou a vaga no Mundial da Austrália, em fevereiro, quando chegou à flotilha ouro e foi o melhor brasileiro na disputa.
Maior atleta olímpico brasileiro – Eleito, em março de 2020, o maior atleta olímpico do Brasil, em votação coordenada pela Rede Globo com os maiores medalhistas olímpicos do País. Na comemoração dos 100 anos de história do Brasil nos Jogos Olímpicos, no início de agosto deste ano, ficou em segundo lugar em votação de 100 jornalistas, atrás apenas de Adhemar Ferreira da Silva e à frente de Joaquim Cruz, seus ídolos que muito o inspiram.