A Marina da Glória, no Rio de Janeiro (RJ), sedia de 10 a 14 de fevereiro o Steering The Course, curso que faz parte do programa da vela feminina mundial e visa preparar treinadoras para trabalhar com o alto rendimento. Ao todo, 15 técnicas mulheres participarão das atividades gratuitas com a profissional Rebecca Ellis, colaboradora da World Sailing – Federação Internacional de Vela.
O Steering The Course terá ações dentro e fora da água e tem a parceira com CBVela – Confederação Brasileira de Vela, Academia Brasileira de Vela e a BR Marinas, que administra o local. Os treinamentos na Baía de Guanabara terão os veleiros J24 e botes à disposição.
A clínica pretende ampliar o conhecimento técnico nacional com base nas informações fornecidas pelos experts da World Sailing durante o curso. O Steering The Course busca desenvolvimento de uma rede de apoio e trabalho entre mulheres treinadoras.
”O intercâmbio de conhecimento entre as profissionais da vela feminina mundial é fundamental para o desenvolvimento da modalidade. Ainda há muito espaço para ser explorado e queremos que mais mulheres estejam envolvidas em campanhas olímpicas e pan-americanas”, disse Maria Hackerott, da área técnica da CBVela.
Em 2023, a World Sailing abriu um processo seletivo para que clubes e confederações pleiteassem receber cursos de capacitação para 15 treinadoras mulheres, ministrado por um especialista da própria World Sailing e pelo programa de desenvolvimento Steering the Course. A CBVela foi uma das escolhidas pela WS.
O número de treinadoras de vela no Brasil na base cresce aos poucos! Atualmente, são 101 mulheres formadas no nível 1 como monitoras e 38 formadas no nível 2 como instrutoras. As atividades são realizadas anualmente pela Academia Brasileira de Vela.
Entretanto, no Campeonato Brasileiro de Optimist de 2023 havia apenas uma treinadora acompanhando a competição e na Copa da Juventude de 2023 não havia nenhuma. ”Avaliamos, portanto, que faltam oportunidades e qualificação para que as mulheres que trabalham como monitoras e instrutoras se tornem treinadoras, caso assim desejem”, completou Maria Hackerott.
”Ter a Marina da Glória como a Casa da Vela no Brasil é motivo de muito orgulho para todos nós da BR Marinas. Um sentimento que aumenta ainda mais quando ajudamos a fortalecer a participação feminina no esporte junto com a CBVela e a World Sailing, aperfeiçoando as habilidades das treinadoras de alta performance”.
”Uma iniciativa fundamental para aumentar a presença das mulheres na formação dos atletas e estimular a igualdade de gêneros na vela”, afirmou Gabriela Lobato Marins, CEO da BR Marinas, grupo responsável pela Marina da Glória.